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Cuidados com a visão de crianças com Síndrome de Down precisam ser mais frequentes

A visão nos fornece mais de 90% das informações do mundo. Cores, imagens, luz e sombras passam pelas nossas íris e este detalhe é relevante para casos em que uma deficiência dificulta essa conexão, como o que pode acontecer em pessoas com Síndrome de Down.

A OFIC vai explicar o que pode acontecer e o que pode ser feito para que a visão de quem nasceu com a síndrome não seja prejudicada!

Entre 70% e 75% das pessoas com Síndrome de Down podem ter problemas oculares, mas é a síndrome em si não causadora dos problemas de visão. Portanto, reforçando: a Síndrome de Down não é causadora, mas a condição pode trazer agravar quadros de doenças oculares.

A melhor maneira de descobrir possíveis problemas é por meio de check-ups oftalmológicos capazes de descobrir qual é a gravidade do estado de possíveis problemas e a boa notícia é que a maioria dessas manifestações podem ser tratadas quando descobertas em tempo.

Quais os problemas mais recorrentes em crianças com Síndrome de Down?
Refração, miopia, hipermetropia e estrabismo encabeçam a lista, mas a catarata pode estar presente no nascimento ou se desenvolver ao longo da vida.

Problemas de graduação como miopia, hipermetropia e astigmatismo são mais frequentes em crianças com Síndrome de Down e o tratamento pode ser o uso de óculos com a prescrição adequada. Lentes de contato ou mesmo cirurgia refrativa também são alternativas viáveis, dependendo da gravidade.

Já a catarata, a perda da transparência normal do cristalino para focalizar objetos, é frequente em crianças com a síndrome, mas apenas uma pequena porcentagem dos 86% dos casos precisa de cirurgia, justamente quando a opacidade está afetando a visão.

Outro ponto a ser analisado com mais atenção é o ceratocone, que faz com que a córnea se projete para a frente, criando uma saliência no formato de cone capaz de comprometer a visão. A orientação nestes casos é que os pais orientem seus filhos a não esfregar os olhos para evitar que o quadro se agrave e o tratamento pode ser com o uso de óculos, lentes de contato, anéis intra-corneanos ou intervenção cirúrgica – dependendo de cada caso.

O estrabismo é outra doença que pode surgir em crianças com a Síndrome de Down que muitas vezes têm seus olhos desviados do eixo horizontal – interna ou externamente. Em alguns casos, o tratamento se resolve com cirurgia, porém é válido lembrar os pais devem cuidar para que este problema não cause o chamado “olho preguiçoso“, irreversível na idade adulta.

Existem outros problemas como:
– Blefarite, que acomete quase 30% das crianças com Síndrome de Down. Este é o nome da irritação da pálpebra rente aos cílios que pode causar inflamação nos olhos, muitas vezes constante.

– Obstrução das vias lacrimais com inflamações frequentes nos olhos por conta de obstruções no escoamento da lágrima.

– Nistagmo, que é um tremor bem de leve nos olhos causado pela baixa acuidade visual ou ambliopia.

– Ptose palpebral, muito comum e fácil de ser reconhecido pelos pais por fazer com que as pálpebras das crianças fiquem com aspecto caído.

Estes problemas devem ser tratados preferencialmente antes dos sete anos, com atenção redobrada aos exames entre 3 e 4 anos, considerado o momento mais crítico por ser o estágio em que a visão cerebral segue em estágio de desenvolvimento.

Quais as recomendações da OFIC?
Os pais de crianças com Síndrome de Down precisam levar seus filhos para consultas na OFIC com frequência.- principalmente nos primeiros três meses de vida É a única maneira de descartar a catarata congênita, que requer cirurgia imediata.

A OFIC ressalta que cuidar da visão das crianças com Síndrome de Down garante visão plena, melhora a comunicação e a integração da criança com as pessoas e transforma o mundo ao seu redor.

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